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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Meu Brasil brasileiro

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Ouvir Carnival (Dvorak ) exatamente uma semana antes do carnaval no Brasil foi muito interessante. Claro que não foi a música que me fez pensar e lembrar do feriado brasileiro, apenas o nome dela. Não vou dizer que carnaval é a primeira coisa que as pessoas dizem depois que nos apresentamos como brasileiros porque estamos muito próximos da World Cup e das Olimpíadas (de verão). Posso dizer, então, que é a terceira coisa. E eu sempre tenho que dizer (porque é a verdade) que não vejo os desfiles, que não costumo ir aos bailes, que não ouço "música de carnaval". Eu praticamente não "sirvo" como brasileira porque não como (nem sei fazer) feijoada, não vou a (e desaconselho fortemente) churrascarias (que são a 4ª coisa que as pessoas dizem), não sei sambar nem realmente me empolgo com o carnaval. Sou um desapontamento para o que os americanos (que conhecemos) imaginam ser uma "brasileira". Eu mesma me via assim quando cheguei por aqui. Para a pergu

Carnival? What carnival?

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A peça de entrada hoje, no Kodak Hall at Eastman Theatre, foi Carnival Overture Op. 92 de Antonin Dvorák. Apesar de nunca ter ouvido falar da Eastman School of Music (University of Rochester), ela é uma das mais prestigiadas escolas de música dos EUA, tão importante quanto a Juilliard, mas não tão bem localizada (digamos assim). E Kodak, só como curiosidade, é aquela marca de máquinas fotográficas e coisas do tipo. George Eastman é o americano que inventou o filme fotográfico, fundou a Kodak, popularizou a fotografia e construiu um "império" por aqui. Aqui é Rochester, estado de NY, só que mais perto do Canadá do que de NYC. Eu fui ao concerto desta noite com alguns amigos, todos ansiosos para ouvir Itzhak Perlman, consagrado violinista israelense. Na verdade, ele tocou apenas uma das três peças que compunham o programa. Foi impecável. Em seguida, recebeu the Award of the Honorary Doctor of Music degree do presidente da universidade e mostrou a todos como transformar

sobre Rosas

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Eu colhi uma rosa rapidamente  Com medo do Jardineiro.  Então, ouvi sua voz suave  "Qual o valor de uma rosa?  Dei a você todo o jardim". Rumi

Da Alegria e Leveza de Ser

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Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare Religião sempre foi chave mestra nessa minha vida. Cresci numa família espírita. Estudei, vivi, cantei, amei espiritismo. Mas a letra estava a sufocar a vida, a religião a sufocar a religiosidade. A minha, só a minha. Desfiz, desatei, corri. Visitei, andei, saboreei. Encantei-me. Budismos, hinduismo, catolicismo, hare krishna, sufismo... Movimento bom porque leve. Vida, Amor, Gratidão e Louvor em cada, em todas, em mim. Maria aquece meu coração tanto quanto Kwan Yin, Saraswati ou Kali. Acalento em tantas mães. Hoje, não procuro entendimento ou razão, desisto completamente de tudo que minha mente pode formular ou abarcar. Hoje, só o coração ardendo iluminado. Hoje, só alegria e devoção. http://letras.mus.br/nando-reis/96641/ Gratidão Hare Krishna

Hair 4 lessons

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Everything changes Uma vez, quando era pequena, cortei um pedaço do meu cabelo. Quem nunca? Foi preciso fazer um corte bem curtinho para consertar meu trabalho. Desgostei tanto que não queria que ninguém visse, não queria ir pra escola (como se precisasse de mais esse motivo).  Nem sei se meu desgosto era pelo meu novo visual ou se porque ele evidenciava meu erro, minha incapacidade (eu não sabia, não podia cortar meu próprio cabelo, tinha feito um trabalho horroroso). Quando eu cresci um tiquinho, veio o desejo de cabelo comprido, muito comprido.  Nunca queria ir no cabeleireiro, não acreditava quando diziam que era necessário para que continuasse a crescer forte. Que bobagem, pensava eu. Quando finalmente ia, ficava toda tensa, como se pudesse controlar o trabalho do cabeleireiro com a força do meu pensamento. "só um dedinho"... mas a sensação era sempre de que tinha sido demais. Mas, então, Eu crescI! Cabelo foi cortado, cresceu, cortado mais, cresceu, ma

Detox

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créditos? esse dente de leão está por todo canto  Desintoxicar a vida. Quando decidi vir pra cá, criou-se em mim uma imensa vontade de ser outra. Poder (re)começar a (re)fazer a vida em outro lugar. Outro tempo e espaço. E então um amiga me disse ( assim correndo, no meio do nosso primeiro almoço juntas): "também já pensei assim. Mas sabe, a gente se carrega pra onde vai". Já faz quase um ano que me recordo (quase) diariamente dessa fala. (incrível o poder que temos ao falar, hum?!) Sim, sempre nos carregamos pra onde quer que vamos. Nós e nossa bagagem: indissociáveis. Mas era isso mesmo que eu desejava, estar comigo mesma, (re)conhecer eu, eu mesma, euzinha. E isso, para mim, era o siginificado de uma  nova vida, conseguir separar e abandonar o que não era eu. E para isso acontecer, a Vida me colocou em outro continente, outro país, outra língua, outra paisagem, outro modo de viver. Sem profissão, sem parentesco, sem história. A única coisa que sou