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2020 e os ritos de passagem

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 2020 foi um ano que não passou. Não passou na minha mente, não teve registro, carente de ritos de passagem. Hoje, dia 20 de dezembro, me dou conta, finalmente, em lágrimas e soluços, que dezembro chegou. Eu tenho agenda, diário, trabalhei todos dias, marquei cada um deles, mas foi só o intelecto que viu a passagem do tempo. Não comemorei aniversários, nem festas, nem férias, nem feriados.  Me dou conta agora que não sei diferenciar março de julho de agosto de novembro, de nada. Parece que tudo aconteceu num segundo. Um tempo indiferenciável, como num sonho, não sei dizer quanto tempo passou. O tempo é o intervalo entre dois acontecimentos, uma medida. Assim como o espaço, uma medida entre duas coisas. Sem ter essas coisas, os ritos de passagem, não medi o tempo. Estava, até agora, simplesmente esperando chegar o Natal para poder estar com minha família e aí, sim, comemorar e marcar o fim do ano de 2020. Mas não haverá esse Natal esperado ( https://arranhoes.blogspot.com/2014/12/natal-

Crescendo

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Urgente crescer, tomar distância, abrir espaço e crescer. O blog muda de cara enquanto eu envelheço. Era assim, Lola bebê, espiando o mundo lá fora, composição de muitas cores e texturas, uma vida a explorar. Agora, o mar... o ir e vir das ondas, nascendo e morrendo a calmaria... inspirar e expirar, esperar ...

livre

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Viver em liberdade é desejo de todo ser humano. Sempre foi meu desejo, ainda que sem clareza. Começo a entender o que é isso e como é isso agora, depois de passar 15 dias num vedanta camp onde ninguém tinha a obrigação de agradar a ninguém, cada um era responsável pela própria escolha e precisava assumi-la. Não precisava sorrir toda hora pra cada pessoa que cruzasse meu caminho, não precisava ser gentil ou agradável, não precisava me justificar, podia ser quem eu sou. E todas as outras 70 pessoas também podiam. Caos? Não, Viver livre fez com que eu não sentisse a obrigação de ser gentil, mas sentisse um desejo de ser gentil. Poder passar pelos processos emocionais sem disfarce e sem que ninguém tentasse impedi-los foi incrível! E receber acolhimento toda vez que procurei, foi maravilhoso. Foi necessário experimentar viver livre para saber quem eu sou e não quem esperam que eu seja. Aprendi na pele, nos ossos, no sangue, que liberdade é condição fundamental para viver entre

ter nascido

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Inquieta, minha mente está sempre a se ocupar com alguma questão. Pensava sobre o que somos nós, seres humanos. Bem especificamente o que é próprio de seres humanos única e exclusivamente. O que é que todos nós temos e só nós temos. Inteligência? não parece ser comum a todos e muito menos ser exclusiva. Bondade e outros valores humanos? com certeza não. Senso de comunidade, sociedade? não. Capacidade de comunicação, linguagem? não. Sentimentos e emoções? absolutamente, não. Memória? não. Alma? hum.... difícil.... mas, não. Porque podemos reconhecer essas coisas em outras espécies e porque podemos reconhecer um ser humano mesmo que ele esteja sem condições de pensar, sentir, falar, andar, comer, lembrar. Então, o que é que nos faz humanos afinal? Só o Ot pra me dizer algo tão óbvio: ter nascido de um outro ser humano. queridas do meu coração

um novo jardim

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Porque jardins são bem-vindos sempre e precisamos deles para recolorir o belo dentro do peito que dói. Essa casa tem um daqueles espaços destinados a um jardim de inverno. Não sei por que tem esse nome, mas preferimos criar um jardim nada inverno nele. Levamos um bom tempo imaginando e conversando sobre o que fazer, mais um tanto inventando como fazer e por fim, pondo a mão na massa. Construir um jardim era nosso plano desde que nos mudamos, mas, naquela época, só seguimos a ideia já existente: vasos. O que foi ótimo, porque hoje temos muito mais conhecimento para montar um jardim no meio do corredor. Para preservar o piso, usamos um tipo de lona própria para montar lagoas, prendemos com madeira e finalizamos com silicone. Fica melhor no plural, mas quem fez mesmo foi ele. ;) Dá pra ver que a saída de água foi preservada sem que escorra pelo piso Na sequência: argila expandida, manta, areia, terra e terra vegetal. Imprescindível ter um sistema de armaz

tudo se aprende

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Durante 2013 me aventurei no crochet. Aprendi com umas senhorinhas lindas e gentis, muito gentis, que tentaram me ensinar o ponto básico sem falar o mesmo idioma. aiai.... coisa linda! muito útil algumas vezes!